domingo, 10 de maio de 2009

o tempo (ou algo tão vital)


às vezes não vejo o tempo
como se ele fosse vento
sinto uma leve brisa em meu rosto
e quando abro os olhos ele já não está mais lá
tento de todo modo agarra-lo com minhas mãos
mas como se fosse água escorre por entre meus dedos
e o vejo sumir pelos ralos do chão

mesmo andando sem relógio
ele sempre está em meu pulso
caminhando pelas minhas veias
pulsando meu coração
preenchendo meus pulmões
algo mais vital que sangue, talvez

ando perdendo noções da realidade
de tão de pressa que não o vejo passar

durmo acordado sonho de olhos abertos
acordo sem nem mesmo ter fechado os olhos

já desejei para-lo
quem sabe consigo ?

mas onde estaria o ontem?
o que fariam com o hoje?


e o que seria do amanhã? ...


texto: vinícius.assis
ilustração: Henrique Lei.

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